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Pneumonia: conheça os sintomas e entenda a importância de procurar atendimento

Desde o começo do ano, uma pesquisa do Sindicato dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais – Recivil, constatou que o registro de mortes por pneumonia vem crescendo em Minas Gerais. Em relação a 2021, o crescimento foi de 80%, principalmente em decorrência da pandemia.

De acordo com a infectologista do MaterDei Santa Genoveva, Dra. Estefânia Lima, o número de mortes por pneumonia pode ter aumentado porque uma das causas da doença é justamente o vírus SARS-CoV-2 (coronavírus causador da Covid-19). “A pneumonia é uma infecção dos pulmões que pode ter várias causas: os vírus (como influenza, coronavírus), bactérias (como pneumococo e hemófilos), micobactéria (como a que causa tuberculose) e fungos. Portanto, considerando a elevação de casos da Covid-19 e internações decorrentes dela e de suas complicações, bem como o aumento da circulação de outros vírus respiratórios detectado este ano, a elevação de número de casos de pneumonia pode estar relacionada sim a pneumonias virais”, analisa.

Em números

No entanto, os números da doença sempre preocuparam as organizações de saúde. Dados da Unicef alertam que a pneumonia é a maior causa de morte por doença infecciosa de adultos e crianças, responsável pela morte de mais de 802 mil crianças até cinco anos em todo o mundo (dados de 2018). O órgão, vinculado às Nações Unidas, chama atenção para o fato de que, no mundo, a cada 39 segundos morre uma criança vítima de pneumonia.

Pneumonia x Gripe

Para não ser confundida com uma gripe comum, a Dra. Estefânia esclarece que sintomas de pneumonia são diferentes de acordo com a idade e a imunidade da pessoa. Mas, em geral, consistem em febre, tosse, dificuldade e/ou dor no tórax ao respirar, cansaço/falta de ar. Já a gripe, caracteriza-se normalmente pela presença de febre, coriza, espirros e tosse.

Segundo a infectologista, a pneumonia é considerada grave quando há febre que não abaixa com medicação, dificuldade para respirar que pode evoluir com necessidade de oxigênio, confusão mental e/ou sonolência excessiva, pressão arterial baixa, taquicardia (coração acelerado) e disfunção dos rins. “Ela também é considerada grave em grupos de risco maior como os extremos de idade (crianças e idosos) e pacientes com imunidade comprometida”, diz a Dra. Estefânia.

Prevenção

Para prevenção da pneumonia é importante cuidar de toda a saúde. Ou seja, alimentação saudável, hidratação, prática de atividades físicas, cartão de vacinas em dia, acompanhamento e tratamento de doenças crônicas, higiene de mãos e preferir ambientes bem ventilados. A vacina é a principal forma de prevenção da maioria das pneumonias (virais, bacterianas e por tuberculose). Sendo assim, é necessário conversar com seu médico sobre as indicações de cada uma dessas vacinas de acordo com a idade e a presença de doenças crônicas.

Tratamento

O tratamento da pneumonia depende da identificação da sua causa, para definir indicação de tratamento de suporte, antibióticos, antivirais e/ou antifúngicos. A Dra. Estefânia acrescenta que é possível definir a causa das pneumonias por meio de exames de biologia molecular e/ou culturas que identificam o tipo de microrganismo causador da doença. “É importante que ao apresentar sintomas de pneumonia, o paciente procure por um médico para avaliação, diagnóstico ágil e início do tratamento de forma a reduzir as chances de evoluir para as formas graves da doença”, recomenda a médica.

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