Novidades

Hospital de Uberlândia é referência internacional em anestesiologia

O Santa Genoveva Complexo Hospitalar é o primeiro hospital a publicar estudo em uma revista internacional de anestesiologia sobre um medicamento capaz de substituir a Morfina

Quando se fala em medicamento para tratar dores crônicas ou de pós-operatório, logo vem à mente a Morfina, um fármaco de grande poder analgésico. Ela tem efeito no tratamento de dores crônicas, agudas e dor pós-cirúrgica ou ocasionadas por doenças graves, como o câncer, por exemplo.

Mas, mantendo a trajetória de pioneirismo, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar é um dos primeiros hospitais no mundo a realizar um estudo sobre um medicamento que pode substituir a Morfina em alguns tipos de tratamento. O médico responsável por esse feito é o anestesiologista Dr. João Paulo Jordão Pontes.

“Nosso estudo foi o primeiro trabalho com uso de Metadona aplicada durante a anestesia em cirurgia bariátrica por videolaparoscopia, comparado com a terapia padrão com Morfina para dor. Com o resultado, fomos publicados na revista internacional Anaesthesia, que é referência em assuntos de anestesiologia”, conta.

A utilização da Metadona para esses fins faz parte da tese de doutorado do Dr. João Paulo Jordão Pontes. Além dele, participaram do estudo o ex-residente em anestesiologia do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Felipe Rodrigues Braz, e cirurgiões bariátricos, Dr. Luis Augusto Mattar e Dr. José Américo Gomides de Sousa.

O que é Metadona?

A metadona é um analgésico que, além de propriedades semelhantes à morfina, age em outras vias da dor e possui efeito mais prolongado. “Foram 140 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no Santa Genoveva Complexo Hospitalar. Todos os pacientes se voluntariaram a participar do trabalho, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Nós verificamos que a qualidade de recuperação pós-operatória foi melhor no grupo que utilizou a Metadona. Nesse grupo, houve também a redução do consumo de medicações analgésicas durante a internação, menos dor, menos náuseas e vômitos e maior satisfação dos pacientes”, explica o Dr. João Paulo Jordão Pontes.

Para o cirurgião bariátrico do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Dr. Luis Augusto Mattar, o trabalho foi de suma importância para a prática clínica. “Os pacientes em uso de Morfina, ou outros opioides para dor, ficam muito sonolentos e isso impede que eles caminhem logo no pós-operatório. Tentar se locomover logo no início é muito importante para evitar trombose e para que a função intestinal seja recuperada mais rapidamente”.

Além disso, com conta o médico, “no trabalho coordenado pelo Dr. João Paulo, a Metadona mostrou-se um medicamento mais eficiente em relação à dor, além de deixar o paciente menos sedado. Isso eleva a cirurgia bariátrica a outro patamar, podendo levar a altas hospitalares mais cedo. Isso abre campo para fazermos novas pesquisas para a cirurgia bariátrica ambulatorial, ou seja, proporcionando a alta no mesmo dia, o que traz consigo uma provável redução de custos e menor possibilidade de complicações, como as infecções hospitalares, principalmente em época de pandemia”, afirma Dr. Luis.

Uma das melhores especializações em anestesiologia do país

De acordo com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), o Santa Genoveva Complexo Hospitalar possui um dos melhores Programas de Residência Médica em Anestesiologia do país. Para isso,  anualmente, a SBA realiza uma análise criteriosa de vários aspectos relacionados à qualidade da formação do médico anestesiologista.

Além disso, em 2014 o Hospital tornou-se uma instituição de ensino com Programa de Pós-Graduação Lato Sensu / Residência Médica, vinculado ao Ministério da Educação e à SBA, quando surgiu o Programa de Residência Médica em Anestesiologia. Desde então, há quatro anos fica entre os melhores do Brasil, no ranking da SBA.

“Tudo isso é consequência de um trabalho sério de todos os médicos do Departamento de Anestesiologia e de diversos outros colegas. É gratificante poder contribuir para que o Hospital seja considerado uma das melhores instituições de saúde do país”, finaliza Dr. João Paulo Jordão Pontes.

Compartilhar