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Cirurgia por Ablação

As cirurgias minimamente invasivas são uma realidade mundial e podem ser grandes aliadas, quando esse tipo de procedimento precisa ser realizado. Esse é caso da cirurgia por ablação essa técnica minimamente invasiva, consiste na punção de um tumor com uma agulha guiada por tomografia. Essa agulha é ligada a um gerador, que produz calor e aquece a lesão, destruindo as células tumorais.

De acordo com o médico radiologista intervencionista, cirurgião endovascular e cirurgião vascular do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Dr. Túlio Leite, o tratamento ablativo pode ser realizado em tumores como os de pulmão, fígado, rim e tireoide. “As indicações são para pacientes com comorbidades clínicas que inviabilizem o procedimento; pacientes com predisposição ao desenvolvimento de múltiplos tumores renais; pacientes com restrições psicológicas às cirurgias invasivas e pacientes que se recusam a receber o tratamento cirúrgico convencional”, conta.

Santa Genoveva Complexo Hospitalar é o único em Uberlândia a realizar o procedimento

A primeira cirurgia utilizando essa técnica, em Uberlândia, aconteceu no dia 20 de dezembro de 2019, no CDI, setor de imagens que faz parte do Santa Genoveva Complexo Hospitalar. E no dia 24 junho de 2020 foi realizada a segunda cirurgia de ablação renal em Uberlândia.

“A técnica ablativa tem como principal vantagem o fato de ser pouco invasiva, possibilitando a destruição tumoral sem a necessidade de cirurgias ou incisões. Portanto, há um enorme impacto na redução da morbidade, no tempo de internação e custos”, ressalta Dr. Túlio Leite.

Uma alternativa viável

Para o médico urologista, Dr. Danielo Freitas, a ablação de lesões tumorais pequenas, com até 2,5 centímetros de diâmetro, representa, hoje, uma alternativa viável à abordagem cirúrgica tradicional. Ou seja, “a via percutânea guiada por tomografia em tempo real, associada à técnica de Crioterapia ou radioablação, apresenta eficácia comprovada para tumores renais pequenos. O procedimento que era inicialmente indicado apenas para pacientes sem condições cirúrgicas adequadas ou quando o acesso cirúrgico era inadequado. Agora ganhou também espaço em lesões únicas, onde os exames de imagem não conseguem elucidar completamente o caso”, esclarece.

“Nesta situação, sempre são realizados a biópsia guiada e o tratamento da lesão, ao mesmo tempo. Por isso, esta técnica minimamente invasiva já é bem estabelecida em outros centros e representa um ganho adicional, como alternativa às abordagens mais traumáticas e invasivas, que muitas vezes requerem incisões, punções e tempo anestésico prolongado. Isso pode resultar em uma isquemia renal, além do maior risco de sangramento”, completa Dr. Danielo Freitas.

Segundo o médico radiologista, Dr. Raphael Tomé, o tipo de equipamento utilizado traz vários benefícios ao paciente, como o tempo de recuperação e a redução do período de internação. “Na maioria dos casos, a alta hospitalar pode ser no mesmo dia do procedimento ou no dia seguinte.  A recuperação é muito rápida e o órgão alvo sofre menos lesão. Além disso, outros fatores que podemos ressaltar são: menor tempo cirúrgico, anestesia por tempo reduzido e não precisar ser realizado em um centro cirúrgico. Por isso, sempre que possível, optar por técnicas minimamente invasivas é importante”, finaliza o Dr. Raphael Tomé.

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