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Intolerância à lactose: saiba como identificar os sintomas e buscar um diagnóstico preciso

Metade da população brasileira tem predisposição para desenvolver intolerância à lactose, de acordo com um levantamento realizado pelo laboratório Genera. O estudo, que analisou dados de 200 mil DNAs de todas as regiões brasileiras, revelou que 51% da população pode desenvolver a intolerância ao açúcar do leite. Em comparação com outros países, a frequência da intolerância à lactose no Brasil foi considerada “intermediária”.

Segundo o estudo da Genera, a região brasileira com maior prevalência da predisposição à intolerância à lactose é a Região Norte, com 54% dos usuários que realizaram o teste genético. Em seguida, encontram-se a Região Sudeste, com 53%, a Região Nordeste, com 52%, e a Região Centro-Oeste, com 50%. A região com menor prevalência de predisposição genética à intolerância à lactose é a região Sul, com 45% dos usuários.

Existem três tipos principais de intolerância à lactose: primária, secundária e congênita. A intolerância primária surge ao longo dos anos como parte do processo natural de envelhecimento, enquanto a intolerância secundária ocorre devido a alguma outra doença gastrointestinal. Já a intolerância congênita é quando a pessoa já nasce com essa condição.

Mas como identificar a intolerância à lactose?

Os principais sintomas incluem diarreia, náuseas e vômitos, dor abdominal e inchaço no corpo. É importante ressaltar que esses sintomas podem variar em intensidade de acordo com a quantidade de alimentos lácteos ingeridos.

O diagnóstico da intolerância à lactose pode ser feito clinicamente, observando-se os sintomas após a ingestão de leite e seus derivados. No entanto, é recomendado procurar um especialista para confirmar o diagnóstico e realizar exames laboratoriais. Alguns dos exames utilizados são: o exame de tolerância à lactose, no qual o paciente ingere uma substância rica em lactose e é feito um exame de sangue para verificar a quantidade de glicose no sangue; o exame de hidrogênio expirado, no qual o médico avalia a quantidade de hidrogênio na respiração, após a ingestão de lactose; o medidor de ácidos, que verifica o aumento dos ácidos lácticos nas fezes; e a biópsia do intestino, que é o método menos utilizado e requer a retirada de uma pequena amostra do intestino para análise microscópica.

Qualidade de vida

Caso seja diagnosticada a intolerância à lactose, é possível manter uma alimentação balanceada. Atualmente, existem diversas opções no mercado que substituem os alimentos lácteos, como os leites sem lactose feitos a partir de oleaginosas como soja, amendoim ou aveia. É importante também seguir uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, que são fontes de vitaminas e minerais. Alimentos como couve, espinafre, brócolis e agrião são boas opções. O consumo de proteínas, como sardinha e atum, também é recomendado.

A suplementação de cálcio é essencial, uma vez que a restrição do leite e seus derivados pode afetar a ingestão desse nutriente. Nesse caso, os ovos podem ser uma alternativa para ajudar na suplementação.

É importante ressaltar que uma pessoa com intolerância à lactose pode levar uma vida normal e saudável, desde que esteja atenta às respostas do organismo e busque ajuda médica, quando necessário.

A intolerância à lactose não deve ser confundida com alergia ao leite, que envolve uma reação imunológica a proteínas presentes no leite e seus derivados. Portanto, é importante obter um diagnóstico preciso para adotar as medidas apropriadas, em relação à dieta e ao estilo de vida.

Identificar e tratar a intolerância à lactose, de maneira adequada, pode contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas que apresentam essa condição. Ao adotar as medidas corretas, é possível desfrutar de uma alimentação equilibrada e saudável, mesmo com a restrição dos alimentos lácteos.

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