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Atenção aos sintomas é a chave para detectar doenças intestinais

Estudos revisados pelo Grupo de Estudos das Doenças Intestinais Inflamatórias do Brasil (GEDIIB) da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) demonstram que a prevalência das doenças inflamatórias intestinais (DII) varia de 12 até próximo a 55 em cada 100 mil habitantes, dependendo da região e do estudo epidemiológico. No Brasil, a incidência média, ou seja, a ocorrência de novos casos, de doença de Crohn e retocolite fica em torno de 7 para cada 100 mil habitantes, com maior concentração principalmente no Sudeste e no Sul, relacionando-se com o índice de desenvolvimento humano e a urbanização.

 

O que diz o especialista

As doenças inflamatórias intestinais incidem mais frequentemente no grupo de adultos jovens com pico entre 31 e 51 anos, mas acometem crianças e adultos mais velhos também. As principais são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. De acordo com o gastroenterologista do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Dr. Sílvio Capparelli, não há medidas de prevenção adequadas, mas é possível fazer o diagnóstico precoce e, através de avaliações, realizar a prevenção de complicações inclusive de alguns tipos de câncer relacionados com estas doenças.

Capparelli explica que os sintomas mais frequentes das doenças intestinais inflamatórias são alterações no hábito intestinal.  Eles são diarreia, a eliminação de sangue nas fezes, emagrecimento, febre, queda do estado geral, dores abdominais e muitas vezes quadros suboclusivos intestinais. “Os sintomas são muito variados. A doença de Crohn afeta todo o tubo digestivo desde a boca até o ânus e seu entorno, chegando algumas vezes a afetar inclusive outros órgãos. Já a retocolite, afeta o intestino grosso. Ambas podem ter manifestações extraintestinais comuns na pele, articulações, olhos e outros sistemas”, explica o médico.

 

Sintomas

Caso esteja apresentando esses sintomas, o paciente deve procurar um especialista. O diagnóstico é feito através de consulta com anamnese completa, exame físico detalhado e exames subsidiários que incluem muito frequentemente colonoscopia e biópsias dentre outros.

Tratamento

Atualmente, não há cura para as DII. O objetivo do tratamento será reduzir os sintomas, alcançar e manter a remissão e prevenir complicações. “Com diagnósticos mais precoces e medicamentos cada vez mais eficazes conseguimos bons resultados na grande maioria dos pacientes. Mas são doenças potencialmente graves. Não podemos prometer curas, mas buscamos sempre a melhora do quadro clínico e das condições de vida das pessoas afetadas. Há casos de remissão clínica, endoscópica e histológica, somos otimistas, mas ao mesmo tempo cautelosos em decretar cura pois muitos pacientes recidivam após relaxarem no tratamento e nos cuidados que devem ser constantes”, explica o Dr. Silvio Capparelli.

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