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A importância da vacina da Poliomielite para proteger o futuro das crianças

O Brasil celebra uma grande conquista desde 1994: a erradicação da poliomielite, uma doença debilitante também conhecida como paralisia infantil. A última vez que o país registrou um caso da doença foi em 1989, na Paraíba, e desde então, a nação tem se esforçado continuamente para manter a erradicação do poliovírus selvagem.

Mas por que isso é tão importante? E qual é o papel crucial da vacina da poliomielite nessa conquista notável?

Grave ameaça

A poliomielite é uma doença contagiosa que afeta diretamente a medula espinhal, causando paralisia. Antes da vacinação generalizada, a doença assombrava as Américas, com quase 6 mil crianças paralisadas em 1975, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença é transmitida por meio do contato direto com fezes e outras secreções infectadas, e é altamente contagiosa. Mesmo após anos, a pessoa afetada pode continuar a espalhar o vírus, tornando a prevenção fundamental.

 

Vacinar para erradicar

 

A vacina da poliomielite é a chave para prevenir a propagação da doença. Desde 2000, crianças em todo o mundo recebem a vacina inativada contra a poliomielite (VIP). Esta vacina, nomeada em homenagem ao Dr. Jonas Salk, seu inventor, é administrada por injeção e contém vírus completamente inativados, o que significa que não pode causar a doença.

Antes da vacinação em massa, a poliomielite era uma ameaça real, deixando milhares de crianças paralisadas e em sofrimento. É essencial destacar que não existe tratamento específico para a poliomielite, enfatizando ainda mais a importância da prevenção por meio da vacinação.

Desafios atuais e a necessidade de vacinação

Apesar dos grandes avanços na luta contra a poliomielite, ainda enfrentamos desafios. Nos últimos anos, a cobertura vacinal tem diminuído, atingindo apenas 72% em 2022 no Brasil. Essa baixa taxa de vacinação é preocupante e pode abrir portas para a reintrodução do vírus.

O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e, atualmente, recomenda um esquema de três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguido por dois reforços com a vacina oral (VOP).

Diferenças entre a Vacina Injetável e a Oral

Existem duas versões da vacina contra a poliomielite: a vacina inativada (VIP) e a vacina oral (VOP). A VIP é administrada por injeção e contém vírus inativados, enquanto a VOP é administrada oralmente e contém vírus vivos atenuados.

Embora a VOP tenha sido amplamente utilizada no passado, preocupações com a sua propagação no meio ambiente levaram a uma mudança para a combinação de VIP e VOP no Brasil. Essa estratégia visa manter a alta cobertura vacinal e evitar a circulação do vírus selvagem.

Vacinem seus filhos

A erradicação da poliomielite no Brasil é uma conquista inestimável, mas é crucial não baixarmos a guarda. A vacinação é a única maneira de proteger nossas crianças contra essa doença devastadora e manter a poliomielite longe de nossa comunidade.

 

É responsabilidade de todos nós garantir que as taxas de vacinação permaneçam altas e que a poliomielite não encontre espaço para retornar. Proteger as gerações futuras é uma missão que todos devemos abraçar, e a vacina da poliomielite é uma ferramenta fundamental nessa jornada contínua pela saúde coletiva.

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