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Dia da Medicina Nuclear

Nosso médico nuclear, Dr. Giovany S. Pereira, explica o que é a medicina nuclear.

“É a especialidade que utiliza radioisótopos, elementos químicos radioativos, para exames e tratamentos. Em 1913 foi publicado por Frederick Proescher o primeiro relato de uso medicinal por injeção intravenosa do Rádio. De lá para cá, a medicina nuclear passou por significativa evolução no campo terapêutico, sendo indicada para tratar doenças benignas e malignas da tireoide, tumores neuroendócrinos, metástases do câncer de próstata, metástases hepáticas, tumores com receptores para somatostatina, câncer de pele, artroses etc.. ”

E quais são as aplicações da Medicina Nuclear no campo dos exames?

“A medicina nuclear avalia a função dos órgãos. Entre os exames mais comuns estão os seguintes:

Cintilografia de Perfusão Miocárdica – avalia a função das artérias do coração e consegue, de uma maneira não invasiva, segura e extremamente acurada, definir o risco que cada pessoa corre de enfartar, identificando pacientes de alto, moderado, baixo e muito baixo risco. Dessa forma ela assessora o cardiologista com informações precisas que lhe permitirão individualizar para cada paciente a melhor estratégia de acompanhamento.

Cintilografia Óssea – muito utilizada nos pacientes que, após o diagnóstico de um câncer, fazem rastreamento para ver se a doença espalhou para os ossos.

Cintilografia da Tireoide – indicada para investigar a causa da elevação sanguínea de hormônios tireoidianos, a qual, apesar de ocorrer tanto no hipertireoidismo como também na tireoidite, tem tratamentos distintos.

Cintilografia Renal – muito usada pelo cirurgião pediatra, avalia a presença de obstruções urinárias e o prejuízo que esta traz para a função de cada rim isoladamente, desta forma auxiliando o urologista na escolha do momento certo para indicar uma cirurgia.

Cintilografia para Pesquisar Refluxo Gastresofágico – identifica, de modo fisiológico e absolutamente não invasivo, o retorno anormal de alimento do estômago para o esôfago, ajudando tanto o pediatra a identificar a causa de repetidas infecções em vias aéreas, persistente tosse noturna e dificuldade em ganhar peso; como também o cardiologista a definir a causa da dor no peito, depois de excluída a possibilidade de problema no coração.

Cintilografia Pulmonar de Perfusão e Inalação – indicada para o paciente com dor no peito, falta de ar, tosse persistente e suspeita clínica de tomboembolismo pulmonar, sem o risco de reação alérgica e nem o prejuízo à função dos rins, os quais acompanham a tomografia de tórax com contraste iodado.

Cintilografia com Leucócitos Marcados – identifica o foco de infecção em pacientes da clínica médica com febre de origem obscura; e a presença de atividade infecciosa em pacientes ortopédicos com próteses ou hastes metálicas.

PET/CT com FDG – mapeia o metabolismo de glicose do corpo inteiro, estratificando assim a probabilidade de malignidade de linfonodos e tumores.

Cirurgia Radioguiada – o médico nuclear demarca com traçador radioisotópico o linfonodo sentinela do câncer (mama, melanoma e outros) aumentando a precisão e segurança do cirurgião, o qual, assessorado pelo Gama Probe (aparelho de medicina nuclear portátil, para uso intraoperatório), identifica a lesão possivelmente tumoral. O nódulo de mama não palpável pode ser igualmente demarcado, poupando a paciente do desconforto do agulhamento, ao mesmo tempo que aumenta a assertividade da cirurgia. ”

Giovany S PereiraMédico Nuclear

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